quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Eternamente futebol

Pegando Carona na Paixão da Torcida
A partir da década de 1970(em 1950 a Ceará Rádio Clube elegeu o locutor Paulo Cabral de Araújo prefeito de Fortaleza) tornaram-se comuns ex-jogadores, diretores de clubes de futebol e radialistas, principalmente, esportivos se lançarem candidatos a vagas no parlamento municipal, estadual, ou federal. “Os atletas usam o artifício de serem ou terem sido “ídolos” de suas torcidas; os dirigentes de times de futebol passam a utilizar como “bandeira política” o trabalho que realizaram pelos clubes que dirigem. Os candidatos radialistas esportivos, geralmente, torcem por um dos times detentores de grandes torcidas e, assim,passam a direcionar a programação esportiva da emissora em que trabalham ou o programa que comandam para a torcida e o clube de “ seu coração”. Eles se apresentam como “defensores” dos interesses da torcida e do clube pelo qual torcem. Esse procedimento renderá votos que lhes poderá garantir a eleição, embora a maioria não consiga alcançar seus objetivos. Mas também é verdade que muitos deles conseguem se eleger sem muito trabalho e quase nenhum investimento financeiro. Citemos alguns casos mais conhecidos: um dos pioneiros foi o comentarista esportivo Paulino Rocha que se elegeu deputado estadual em 1974, pelo antigo MDB com expressiva votação, sendo reeleito em 1978. Rocha soube utilizar com eficácia sua boa oratória e carisma além dos recursos de que dispunha: uma emissora potente de rádio e o horário nobre de TV. Ele abria o Jornal Nacional com o famoso “Dois minutos com Paulino Rocha”. Assim, não foi difícil angariar para si os votos da torcida do time pelo qual torcia:o Ceará.
Contudo, seu desempenho parlamentar não teve o mesmo brilho do de radialista esportivo. O principal feito de Paulino Rocha como deputado foi a pressão que exerceu sobre o governo da época para que a construção do Castelão fosse agilizada. Após a morte do deputado em 1978, vítima de câncer no pulmão, seu companheiro de equipe esportiva, mesmo não apresentando a mesma retórica e o mesmo carisma, seguiu os passos do colega falecido, “enveredando” também pelo caminho da política partidária .Porém, nas próximas eleições a briga pelos votos da torcida alvinegra,uma das maiores do estado, promete ser mais acirrada. Dois membros da diretoria alvinegra ( o presidente da Executiva e o presidente do Conselho Deliberativo) deverão se lançar a candidatos a deputado estadual e federal, respectivamente. Um deles pleiteia a reeleição. Não há momento mais oportuno para isto. A torcida do Ceará está em “lua-de-mel” com os principais responsáveis pela ascensão do vovô à Série-A, após 16 anos de ausência da elite do futebol nacional. A galera alvinegra parece estar disposta a pagar com o voto, a façanha realizada pela diretoria alvinegra. Não faz muito tempo essa mesma torcida ajudou a eleger dois ex-presidentes a deputado: Franzé Morais e Eugênio Rabelo.
Os ex-atletas políticos mais conhecidos são: João Leite, Roberto Dinamite, Túlio “Maravilha”, Ademir da Guia. E pasmem! Até Edmundo e Romário se filiaram a partidos políticos e prometem sair candidatos em 2010. Aqui em Fortaleza, dois “ídolos” da torcida do Ceará, o goleiro Adilson e o meia Sérgio Alves, também se filiaram a partidos políticos.
Não há mal nenhum que estes desportistas venham a candidatar-se. O problema principal é que a maioria deles, após serem eleitos, apresentam um pífio desempenho parlamentar. Parece que o propósito deles é conquistar prestigio, “status”, poder, “blindagem” e principalmente usufruir dos benefícios que o cargo oferece. Uma vez que foram eleitos por causa de sua popularidade, e não por causa de um programa de propostas, tais candidatos ficam isentos de cobrança por parte de seus eleitores.
Assim, não há necessidade de “mostrar serviço” (elaboração e apresentação de projetos que beneficiem a comunidade, defesa dos interesses populares, etc), pois sabem que” sempre” terão a seu dispor os votos de seus eleitores fãs, independente do que “façam ou deixem de fazer”. Entretanto, dos nomes citados há algumas exceções.Uma delas Trata-se do ex-goleiro do atlético (MG) João Leite, que ficou conhecido como “Arqueiro de Deus”. João defendeu o Atlético (MG) entre os anos de 1976 e 1981. Em 1993, elegeu-se a vereador por Belo Horizonte, elegendo-se em seguida a deputado estadual. O “Arqueiro de Deus” teve um destacado empenho parlamentar. Desenvolveu vários projetos, entre eles: “Projeto de lei de incentivo ao esporte”, “Criação do Conselho Estadual do Idoso”, e da proibição de fumar em espaços públicos fechados”, todos transformados em normas jurídicas. João era cognominado “Arqueiro de Deus” por ser evangélico.João Leite também tem formação superior em História.
Também é importante citar,conforme já foi dito, que muitos radialistas esportivos, diretores de clubes e ex-atletas não conseguem se eleger ou se reeleger. É o caso de Júnior Amorim em alagoas, Ademir da Guia que não conseguiu sua reeleição para vereador em são Paulo na última eleição . Aqui em Fortaleza alguns candidatos radialistas não conseguiram se eleger no último pleito.Mas há´por aqui um grupo de comunicadores que tem a eleição quase garantida: são os apresentadores de programas policiais. Pelo menos quatro desses apresentadores garantiram fácil, fácil, vaga no parlamento.O baixo nível de consciência política,provocado pela falta de investimento em educação,contribui decisivamente para que grande parte dos eleitores votem em candidatos por causa de paixão clubistíca e em apresentadores de programas que fazem da violência seu principal palanque político. Pode?
Marcos Antonio Vasco Rodrigues- É professor de Língua Portuguesa,escreve artigos,crônicas e contos. Participa do Programa Espaço Esportivo aos domingos de 14 às 16 pela ZYC 460 Rádio Luar do Sertão Fm 104,9

sábado, 12 de dezembro de 2009

O Combustível que ajudou o vovô subir a ladeira

Foram dezesseis anos de espera. A maioria da torcida já havia se conformado com a Segundona. A Série A para eles (a maioria da torcida) era um sonho quase inatingível. Ao ser dada a largada da Série B de 2009 o Ceará,era como sempre, um mero figurante, não sendo sequer citado como candidato a candidato a uma das vagas do G-4. Quem teria essa ousadia? Some-se a isto o fato de o time ter ocupado a lanterna nas primeiras rodadas. Porém, a partir da 6° rodada a equipe alvinegra se “encorpou” e encaixou uma seqüência de oito vitorias e três empates. Após essa "façanha” alguns já começavam a desconfiar de que o vovô teria condições de brigar pelo acesso. Essa certeza viria a se confirmar definitivamente na vitória de 2 x 0 sobre o Vasco da Gama, no Maracanã pela rodada 26. O que estaria por trás da “arrancada” alvinegra, já que era apenas um time bastante modesto sendo Geraldo, um veterano de 34 anos,um dos seus principais destaques? Todos reconheciam as limitações da equipe e destacavam: “o diferencial do Ceará

é a união e a aplicação do grupo de atletas”. Mas qual seria o combustível da união e da aplicação? O próprio lateral – direito Marcos Boiadeiro, um outro destaque da equipe deu a resposta ao ser entrevistado em um programa esportivo dominical de fim de noite. “No Ceará tem de 13 a 15 evangélicos” (Claro que este aspecto é apenas um dos fatores decisivos para a subida do Ceará. Há os trabalhos competentes do treinador, da Diretoria Executiva e a participação da torcida) em outras palavras, Boiadeiro quis dizer: “o atleta evangélico não consome bebida alcoólica, não fuma, não é viciado em nenhum outro tipo de droga e não participa de “noitadas”e farras. Logo, seu desempenho em campo, pelo menos na parte física, será sempre superior ao daqueles que praticam tais atos. Além do mais, (há algumas exceções) o atleta evangélico é disciplinado e obediente. Não tem dificuldade para obedecer a seus superiores e cumpre com naturalidade a rotina de sua profissão e do Clube. Além disso, é comum atletas cristãos demonstrarem simplicidade e humildade, atributos que lhes fazem conquistar a simpatia e a admiração, até mesmo de torcidas adversárias. O hábito da oração e da gratidão a Deus os deixam mais leves e menos estressado e também mais confiantes.Isto contribui para que não desanimem de seus propósitos.

O vovô tem muito a agradecer ao “Leão da Tribo de Judá” por ter colocado essa grande “leva” de “ homens de fé” para ajudá-lo a subir a ladeira rumo à Série A.

Marcos Antonio Vasco Rodrigues,professor de Língua Portuguesa,escreve contos,artigos e crônicas. Participa do Programa Espaço Esportivo pela ZYC 460 Rádio Luar do Sertão Fm 104,9

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cuidado com a escolha do vice...

Embora não apareça muito, o “vice” é um cargo importantíssimo em qualquer empresa, instituição ou cargo político. (prefeito, governador, presidente, etc). Isso porque, caso haja algum impedimento por parte do presidente, o vice assumirá o comando. Lembra do José Sarney e do Itamar Franco que substituíram respectivamente Tancredo e Fernando Collor na Presidência da República? Em clubes de futebol, é comum o vice assumir.
Por isso, no caso do Fortaleza Esporte Clube todo cuidado é pouco para a escolha do vice. Qual o perfil do vice neste momento de dificuldades por que passa o time tricolor aliada à insatisfação de parte da torcida por causa do rebaixamento?
No mínino, o candidato a vice-presidente deve ter idéias em comum com o presidente e deve ser uma pessoa que prime pelo respeito, trabalho conjunto e pelo diálogo,pois está escrito"duas pessoas que pensam diferentes podem caminhar juntas?" e deve estar disposto a colocar interesses pessoais e de “seu grupo” abaixo dos interesses do Fortaleza .
De preferência (É minha modesta opinião,não quero ser dono da verdade) que não sejam pessoas ligadas à direção de “facções uniformizadas” pois é bom que fique claro: diretores de “facções uniformizadas” não representam a maioria da torcida leonina, mas parte de sua torcida (o próprio nome já diz: facção: divisão, parte). Esses torcedores podem dar sua colaboração sem necessariamente ocuparem cargos em que está em jogo a vida do próprio clube. Além disso, para colaborar é preciso receber algo em troca? Se for assim, a manifestação de amor ao clube não será genuína, pois quem “ama, dá sem esperar retorno” (não é romantismo, é a verdade)
E por falar em “facções uniformizadas” não sei sinceramente, se elas trazem prejuízos ou benefícios aos seus clubes.
Ontem no Couto Pereira(06/12/09) em Curitiba, no jogo entre Coritiba x Fluminense, o “coxa” precisava vencer seu adversário para escapar do rebaixamento. Não venceu. Ao apito final do árbitro membros de “torcidas uniformizadas” do Coritiba invadiram o gramado e patrocinaram um espetáculo de dor e derramamento de sangue. Em casos como estes,tais “facções” são extremamente prejudiciais aos seus clubes e deixam marcas de dores eternas em muitas pessoas e famílias,além de afastar cada vez mais as pessoa dos estádios.
O excelente locutor esportivo Halmalo Silva afirmava em suas narrações: “futebol é arte, e arte é cultura”. Sendo o futebol uma arte, não comportaria o desrespeito à vida humana,e atos de selvaria como aqueles praticados por membros torcida uniformizada do Coritiba. Ah! Voltando ao vice! Portanto, amigos, o Leão vive um momento de dificuldades, e mais do que nunca precisa da união e compreensão dos “leões(torcedores) de boa vontade”.


Marcos Antonio Vasco Rodrigues

Marcos Antonio Vasco Rodrigues- É professor de Língua Portuguesa,escreve artigos,crônicas e contos e participa Programa Espaço Esportivo Aos domingos de 14 às 16 horas pela ZYC 460 rádio Luar do sertão FM 104,9

domingo, 29 de novembro de 2009

O Leão precisa de união, porque “uma casa dividida não subsistirá” (Jesus)

“Uma casa dividida não subsistirá”. Esta frase foi pronunciada por Jesus, referindo-se aos danos irreversíveis provocados pelas brigas, desunião e conflitos entre membros de uma casa ou instituição. Esta advertência se aplica a qualquer setor da atividade humana.
Times de glória como Remo, Paysandu e Santa Cruz estão orbitando nas últimas divisões inferiores do Futebol Brasileiro, certamente, não porque lhes faltaram grandes torcidas ou recursos financeiros, mas porque lhes faltaram bons gerenciadores, e principalmente, união e cooperação entre pessoas e grupos ligados direta ou indiretamente à vida desses Clubes . Tais pessoas ou grupos de pessoas que se diziam amantes do time, trabalhavam, torciam contra o próprio clube, porque tinham interesses contrariados. É o que se chama na sabedoria popular: “dar um tiro no próprio pé" No caso da queda do Fortaleza, sem dúvida, um dos principais motivos que provocaram a queda do Leão do Pici da 2ª para a 3ª Divisão foi ,também,a falta de união, inclusive dos jogadores. Quem não apoiou a Diretoria Executiva do Clube que diz amar, seja por questões pessoais ou não, também é co-responsável pelo fracasso do time na Segundona.
Na próxima reunião do Conselho Deliberativo do Fortaleza no inicio de dezembro de 2009, os conselheiros (os que são contra ou a favor à atual Diretoria) devem adotar posturas de responsabilidade e uma reflexão amadurecida antes de tomar ou sugerir qualquer decisão. Qual a situação financeira do Clube antes de a atual Diretoria assumir? A Diretoria demonstrou ser omissa? Recebeu apoio e ajuda da maioria? Quem deixou de cooperar e ajudar também não seria culpado pela queda? A Diretoria reconhece que errou em alguns atos administrativos e está aberta para trocar “peças” da administração e receber ajuda e sugestões, inclusive dos que lhe faziam e fazem oposição? Haveria no momento um nome de ”peso” que seja capaz de assumir o clube? Não seria mais coerente apoiar o presidente no restante de seu mandato a fim de que o sonho do tetra e o retorno à Série B se concretizem? Portanto, estas e outras perguntas devem ser debatidas com muita serenidade a fim de que conclusões desprovidas de análise não contribuam cada vez mais para afundar o “barco” tricolor. Afinal, a atual Diretoria Executiva ainda dispõe de um ano de mandato. É o tempo suficiente para se trabalhar um nome de “peso” para gerenciar os destinos do clube a partir de 2011.
O bom-senso manda lembrança. “uma casa dividida não subsistirá”.




Marcos Antonio Vasco Rodrigues

Marcos Antonio Vasco Rodrigues- É professor de Língua Portuguesa,escreve artigos,crônicas e contos e participa Programa Espaço Esportivo Aos domingos de 14 às 16 horas pela ZYC 460 rádio Luar do sertão FM 104,9

domingo, 22 de novembro de 2009

Eternamente futebol...

Corrigir os erros e trabalhar para voltar mais forte...


Com a confirmação oficial neste sábado (21/11/09) da queda do Fortaleza para a 3ª divisão em 2010, o alvo da atual Diretoria Executiva, que deve ser ampliada e algumas "peças" substituídas, deve ser no sentido de reestruturar e planejar o Clube para o ano vindouro. As perguntas seguintes não devem ficar sem respostas: Quais as metas para 2010? Como vamos executá-las? Quem poderia nos ajudar? O que devemos fazer para unir a maioria em torno desses objetivos? Com planejamento e participação de todos a Série C representará um momento de fortalecimento para a conquista do Tetra e retorno à Série B. Pensando bem, a Série C já não é mais a mesma. Agora quem mete medo é a Quarta Divisão. Até 2008 a Terceirona era formada por 64 equipes e sair de lá era mesmo muito difícil. No molde atual com 20 equipes, ela é como se fosse uma Série B. (sobem quatro e descem quatro). Nem mesmo a Série D (com 40 equipes) é amarga como a antiga Série C. (com 64 equipes). O problema da Série C é que os clubes perdem visibilidade (não cobertura da TV e pouco destaque dos outros veículos de comunicação), perdem também a ajuda financeira da CBF, além da dificuldade para se conseguir patrocínio. Afora estes principais problemas, a Série C não provoca mais tanto medo como provocou até 2008. Como já foi dito, dependendo do trabalho da Diretoria, pode ser uma ótima oportunidade de crescimento. Ai está Atlético de Goiânia e Guarani de Campinas que emergiram da 3ª para 1º Divisão este ano. Fizeram um time base na Terceirona e o mantiveram na Segunda. A manutenção desse time base determinou suas subidas. A receita aí está,(Formação de uma equipe base e manutenção de uma Comissão Técnica até o final da temporada), mas o tricolor precisa adaptá-la à sua realidade. Não nos interessa apontar erros administrativos, mas na formação do time base para a temporada 2010, a Diretoria deve estar atenta para não contratar jogadores descompromissados com eles próprios e com o Clube. Jogadores “dados” a farras, noitadas ou que apresentem histórico de não cumprir a rotina do clube (faltar treinos, "ser metido a estrela", desagregador, etc.). Devem ser rigorosamente descartados. Além disso,o Projeto do Sócio-torcedor deve ser implementado e fortalecido,pois um grande time não pode prescindir da ajuda de sua torcida.
Transformar, a “Queda” em Glória, só depende da atual Diretoria.Inclusive, ela pode entrar para a História do clube, como a única a conquistar um Tetracampeonato. Sim, nós confiamos e aguardamos por isso.É Corrigir os erros e trabalhar para voltar mais forte...
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ainda não caiu, mas se cair...

Ao contrário do que já ocorreu com ABC e Campinense que já estão com suas quedas oficialmente confirmadas, o Fortaleza ainda se agarra a uma tênue esperança para escapar do rebaixamento. Se já era difícil, agora ficou dificílimo. No entanto, a queda tricolor somente se confirmará na penúltima ou na última rodada. Será adiada para a última rodada caso Brasiliense e América não vençam seus jogos na penúltima rodada. Eles precisam empatar ou perder e o Fortaleza vencer o São Caetano para que o tricolor continue vivo. É uma combinação de resultados difícil de ocorrer, mas não impossível. Enquanto houver “um raio” de esperança, o Leão deve focar seu alvo nesta perspectiva e fazer a parte que lhe cabe jogando para vencer os dois jogos que lhe restam.
Além da obrigação de vencer as duas partidas, o Leão dependerá também do acaso, da sorte, “das malas” e da imprevisibilidade do futebol para continuar na Série B. A Diretoria executiva, comissão técnica e jogadores devem “tomar o máximo de cuidado” para não incorporarem discursos pessimistas antecipados do “já caiu” de certos setores da imprensa e da torcida,embora seus pontos de vista mereçam respeito.
Caso a “queda” venha a se confirmar na penúltima ou na última rodada, todos os que têm relação afetiva ou administrativa com o clube devem fazer uma reflexão amadurecida e radical acerca das causas que motivaram a queda e quais serão as estratégias do clube para o Cearense e para a Série C em 2010, a fim de que se evite uma tragédia semelhante à que ocorreu com o Santa Cruz de Recife que foi parar na Quarta Divisão. Questões tipo: A Diretoria Executiva deve renunciar ou continuar?Quem será o novo presidente? São questões para serem discutidas somente depois da confirmação oficial da queda ou permnência do time na Segundona.Devemos ter cuidado para não tomar decisões motivadas pela emoção e pelo sentimento e assim contribuir para afundar cada vez mais o time da garotada. Cito por exemplo, a pressão exercida por alguns grupos, movidos pela emoção, para que o ex-técnico Giba entregasse o cargo.
Com Giba no comando, o Leão no momento, estaria tranquilamente na parte intermediária da tabela.
Observe que de todos os técnicos que dirigiram o Leão na série B, Giba foi o que apresentou melhor desempenho, mesmo com um “material humano” inferior ao que dispõe o atual técnico. Com os outros técnicos o Leão não conseguiu vencer nenhuma partida fora de casa, e o que é pior, fazendo atuações lastimosas.
Portanto, todo cuidado é pouco para não trocar a Diretoria Executiva por uma inferior, como aconteceu com a troca do ex-técnico Giba.
Quem está à frente do comando leonino deve ter muito equilíbrio e “cabeça fria” neste momento difícil do Fortaleza. Calma, equilíbrio e bom-senso também são indispensáveis a gestores de clubes de futebol.
O Leão ainda não caiu, mas se cair se levantará, mais forte que antes, a exemplo do que ocorreu com o Guarani de Campinas, Fluminense do Rio e Vitória de Salvador. Tudo depende de quem vai gerenciar o clube.
Marcos Antonio Vasco Rodrigues
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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

TÁ DIFÍCIL, MAS AINDA DÁ...

As duas derrotas seguidas do Fortaleza na Série B, América (17/10 em Natal) e Atlético-Go (20/10 no Castelão), reduziram as esperanças de o time tricolor permanecer na Série B. Na rodada 30ª todos os concorrentes ao rebaixamento tropeçaram, mas o tricolor pediu para perder em Natal e escapou de levar uma goleada do time potiguar. Bastava um empate para o Leão manter-se fora da zona. Mas é como se diz: “são coisas do futebol”. As esperanças foram adiadas para o jogo contra o Atlético pela 31ª rodada no Castelão. O Leão jogou muito, principalmente no segundo tempo, fez o time goiano encolher-se na defesa, mas o goleiro atleticano segurou tudo lá debaixo dos três paus. “nem mosquito ensebado” vazaria o gol de Márcio nesta noite. “Os deuses da bola ou da injustiça?” elegeram ontem o time de Goiás para presentear-lhe com uma vitória. “Ao apagar das luzes” Everaldo zagueiro tricolor, praticamente sozinho recua a bola para Douglas, que adiantado, não consegue segurar. Atlético 1x0 Fortaleza, ou melhor, Márcio + Everaldo + Sorte 1x0 Fortaleza. Noite de amargura e muita dor no Castelão para a torcida tricolor. Mas não é hora de o time “baixar a cabeça” é continuar acreditando e esquecer a derrota para o Atlético. Agora, tá tudo muito mais difícil, mas não impossível. Daqui pra frente a margem de erro do Leão é praticamente nenhuma. Das sete partidas que lhe restam, precisa ganhar quatro jogos. O Leão precisa vencer em casa os seguintes adversários: Vasco, Ponte Preta, São Caetano e vencer pelo menos um dos quatros jogos fora de casa: Bragantino, Bahia, Vila Nova ou Paraná. É difícil? Sim, muito. Mas precisa acreditar que pode e jogar fora de casa com a mesma disposição que pôs em prática contra Figueirense e Atlético.
Acredito que a injustiça “patrocinada” ontem 20/10 no Castelão a favor do Atlético “pelos deuses da bola” (se é que existem) será reparada nesta sexta-feira em Bragança paulista contra o bom time do Bragantino,que na vez anterior em que jogou aqui no Castelão contra o mesmo Fortaleza teve como principal destaque também o seu goleiro. Sinceramente,tá mesmo muito difícil,mas ainda dá,sim...As esperanças tricolores serão realimentadas na vitória contra o Braga. EU ACREDITO,AINDA



Marcos Antonio Vasco Rodrigues
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TÁ DIFÍCIL, MAS AINDA DÁ...

As duas derrotas seguidas do Fortaleza na Série B, América (17/10 em Natal) e Atlético-Go (20/10 no Castelão), reduziram de forma drástica as esperanças do tricolor de permanecer na Série B. Na rodada 30ª todos os concorrentes ao rebaixamento tropeçaram, mas o tricolor pediu para perder em Natal e escapou de levar uma goleada do time potiguar. Bastava um empate para o Leão manter-se fora da zona. Mas é como se diz: “são coisas do futebol”. As esperanças foram adiadas para o jogo contra o Atlético para a 31ª rodada no Castelão. O Leão jogou muito, principalmente no segundo tempo, fez o time goiano encolher-se na defesa, mas o goleiro atleticano segurou tudo lá debaixo dos três paus. “nem mosquito ensebado” vazaria o gol de Márcio nesta noite. “Os deuses da bola ou da injustiça?” elegeram ontem o time de Goiás para presentear-lhe com uma vitória. “Ao apagar das luzes” Everaldo zagueiro tricolor, praticamente sozinho recua a bola para Douglas, que adiantado, não consegue segurar. Atlético 1x0 Fortaleza, ou melhor, Márcio + Everaldo + Sorte 1x0 Fortaleza. Noite de amargura e muita dor no Castelão. Para a torcida tricolor. Mas não é hora de o time tricolor “baixar a cabeça” é continuar acreditando e esquecer a derrota para o Atlético. Agora, tá tudo muito mais difícil, mas não impossível. Daqui pra frente a margem de erro do Leão é praticamente nenhuma. Das sete partidas que lhe restam, precisa ganhar quatro jogos. O Leão precisa vencer em casa os seguintes adversários: Vasco, Ponte Preta, São Caetano e vencer pelo menos um dos quatros jogos fora de casa: Bragantino, Bahia, Vila Nova ou Paraná. É difícil? Sim, muito. Mas precisa acreditar que pode e jogar fora de casa com a mesma disposição que pôs em prática contra Figueirense e Atlético.
Acredito que a injustiça “patrocinada” ontem 20/10 no Castelão a favor do Atlético “pelos deuses da bola” (se é que existem) será reparada nesta sexta-feira em Bragança paulista contra o bom time do bragantino.
Sinceramente, tá mesmo muito difícil, mas ainda dá. A chama da esperança será reacesa nesta sexta-feira na vitória sobre o Bragantino. Eu acredito...



Marcos Antonio Vasco Rodrigues


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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Corações trocados


O retão final do brasileirão da Série – B de 2009 coloca de mãos dadas, forçadas pelas circunstâncias, duas torcidas rivais – a do Ceará e a do Fortaleza. Em três jogos decisivos para a possibilidade de continuação do Leão na Série B, o coração tricolor deverá mudar de cor. Torcerá de forma intensa pelo triunfo alvinegro diante de três concorrentes diretos do Fortaleza na batalha contra o rebaixamento: ABC, Duque de Caxias, e América. Esses três jogos tanto poderão decidir a sorte tricolor para sua permanência na Série B, quanto a ascensão do Ceará à Série A, já que o Vovô precisa de pelo menos mais cinco vitórias para garantir o acesso. Teoricamente, o alvinegro é favorito pra vencer os três adversários, beneficiando de forma direta o Time do Pici.
A troca de corações começa nesta sexta-feira dia 09/10 em Natal no jogo do Ceará contra o ABC. A torcida leonina deverá fazer “figa” e torcer como nunca pelo adversário (Ceará). Caso o vovô vença o time potiguar, e dependendo do jogo Bahia x América, o Leão já poderá deixar a “zona do atoleiro” já no sábado, caso faça seu dever de casa, vencendo o Figueirense.
No sábado é a vez de a torcida alvinegra trocar o coração. Ele mudará de cor e se transformará em tricolor. A torcida alvinegra torcerá pela vitória leonina contra o Figueirense, um concorrente de última hora, a uma das quatros vagas. Outros jogos poderão interessar também ao alvinegro na briga por um possível título da Série B - os jogos do Leão contra Atlético e Vasco.
A permanência tricolor na Série B mesmo após a derrota para o Ceará ainda depende somente de si. Decidirá sua sorte enfrentando jogos difíceis (Figueirense, Atlético, Bragantino, Vasco, Ponte Preta, São Caetano, Paraná, Bahia, América, Vila Nova)_e ainda dependerá, como já foi dito, da ajuda do adversário e conterrâneo – Ceará Sporting Clube. Que a troca de corações seja benéfica a ambos. Continuamos acreditando na ascensão do vovô e na permanência do Leão. “Tudo é possível ao que crê” disse o Leão da tribo de Judá”. Que o Leão aqui de baixo receba ajuda do Leão lá de cima.


Marcos Antonio Vasco Rodrigues


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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

TRABALHA E ACREDITA, LEÃO; SE NINGUÉM ACREDITA, EU ACREDITO...

Quais os primeiros fundamentos que o Leão deve incorporar para começar a batalha contra o rebaixamento? Primeiro: Acreditar que pode (fé); Segundo: Trabalho Perseverante. Sem esses dois fundamentos o Leão não alcançará seu objetivo. A crença, a convicção de que escapará, gerará motivação que por sua vez produzirá ânimo. Os dirigentes devem partir de imediato para a contratação de um comandante (técnico) experiente e competente que imponha respeito e confiança ao grupo de jogadores e a todos, e é claro, que seja capaz de corrigir o ponto nevrálgico do time: a defesa (gol, zaga e contenção) uma das piores do campeonato. Convenhamos, é uma missão difícil, mas não impossível uma vez que o time depende apenas de si mesmo e das treze partidas que ainda lhe restam, fará oito partidas em casa. Justamente a quantidade que precisa vencer para escapar da degola. É impossível? Não. Talvez alguém diga “como ganhará oito das treze, se nas últimas treze que disputou ganhou apenas duas? Ora, amigos, o próprio Ceará não encaixou uma sequência de onze jogos sem derrotas? (oito vitórias e três empates), só pra não falar das reações do São Caetano e do Campinense, entre outros. Por que só o Fortaleza com sua retaguarda “ajeitada” não conseguiria o mesmo feito?
Não nos baseamos também nas estatísticas feitas por ‘sites especializados’ pois o futebol não é ciência exata. Está sujeito a diversas variantes, como motivação do grupo, “o dedo do técnico”, o desempenho do próprio árbitro que muda resultados, ao aspecto psicológico e emocional dos atletas, técnico, etc. e por incrível que pareça a própria “sorte” contribui para o resultado final. Por isso é comum tais “sites” darem com “os burros n,água” em suas previsões. Cito por exemplo, a época em que Zetti ascendeu o Fortaleza à Série A. O time tricolor dispunha apenas de 1% de chances para subir, mas contrariando a opinião geral, a equipe conseguiu subir.
Portanto, ainda é cedo pra desanimar. Com fé, esperança e trabalho perseverante de todos, o leão escapará do inferno da terceirona em 2010. O milagre só é necessário quando o possível não puder ser realizado. Não é o caso do Fortaleza. E se ninguém acredita, eu acredito. Trabalha e confia, Leão.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

VOVÔ FINCA PÉ, LEÃO PRECISA REAGIR...

Há um enorme contraste nas campanhas realizadas pelos nossos times mais amados, Ceará e Fortaleza, no Brasileirão da Série B. O vovô a cada rodada de que participa consolida sua posição na tabela e sua condição de forte candidato a uma das vagas do G-4. O alvinegro começa a juntar “gordura”. Está a quatro pontos do quinto colocado, o São Caetano. A vitória de 2x0 no Maracanã pela 21° rodada contra o Vasco, convenceu o Sul e o Sudeste de que o alvinegro realmente tem potencial para ascender ao grupo de elite em 2010. Além disso, o triunfo alimentou a auto-estima e o moral da equipe. Psicologicamente, isto é um ponto muito positivo para o alvinegro, porém a comissão técnica e os atletas devem continuar adotando uma postura de humildade e respeito aos adversários e entrar em campo como se a cada jogo estivessem disputando um título, um troféu. O time é candidato, sim, mas a responsabilidade aumenta.
Os desportistas em geral do nosso estado e a torcida alvinegra estão ávidos pela subida do vovô. Aliás, uma das maiores torcidas do país (a do Ceará) não pode se privar por tanto tempo do direito de assistir a grandes partidas de seu time com grandes clubes brasileiros. Parece que “os deuses do planeta bola” estão simpáticos, este ano, ao esquadrão de Porangabuçu. Senão vejamos: vários fatores conjugados (os concorrentes diretos do Ceará a uma das vagas do G-4 quando têm oportunidade de ultrapassá-lo tropeçam. Isto já ocorreu algumas vezes; a união do grupo e da comissão técnica, o trabalho eficaz da diretoria e ,principalmente, sorte. Quando o time não joga bem, mesmo assim, consegue manter o resultado de pontuação. No último jogo no Castelão, contra o Bahia, foi dominado no segundo tempo, porém conseguiu segurar o placar de 2x1.) Convergem para que acreditemos que este ano, o Ceará conquiste um lugar no pódio (uma das vagas no G-4).
Já o Leão, apesar do empenho da diretoria em realizar contratações e manter a folha salarial dos atletas em dia continua com a juba caída e com o pé atolado na parte funda da tabela. A chegada do novo técnico não animou a equipe e o time coleciona derrotas a cada rodada . Com a chegada do novo técnico esperava-se que a equipe reagisse e voltasse a subir na tabela. O certo é que após a saída do técnico Giba foram três derrotas e apenas uma vitória. A única vitória conquistada pelo time depois da saída de Giba foi contra o Paraná. Mesmo assim a equipe foi preparada e escalada pelo preparador físico da equipe leonina.A rigor, pode-se dizer que o novo treinador comandou três vezes o time, amargando três derrotas. O mérito pela vitória contra o Paraná não lhe pertence totalmente. Embora esteja numa situação complicada, a possibilidade de “salvação”, atualmente, ainda é maior que em 2008.Naquela oportunidade,o Leão escapou do “fogo” da Terceirona apenas na última partida. Portanto, não é hora de profetizar rebaixamento, todos precisamos continuar acreditando na recuperação do time . Neste momento de dificuldade o apoio da torcida é decisivo. Ficar apenas apontando falhas e criticando levando em conta apenas o coração, não vai ajudar a tirar o time da areia movediça em que se encontra. Deve o time tricolor continuar trabalhando com disposição e otimismo, pois só assim conseguirá sair da parte funda da tabela. Que nossos times alcancem seus objetivos e que Deus os ajude.
Marcos Antonio Vasco Rodrigues- É professor de Língua Portuguesa,escreve artigos,crônicas e contos e participa Programa Espaço Esportivo Aos domingos de 14 às 16 horas pela ZYC 460 rádio Luar do sertão FM 104,9

domingo, 30 de agosto de 2009

SOMBRAS DO MARACANAÇO

1950. Final da Copa do Mundo de Futebol entre Brasil x Uruguai. Havia um contraste na campanha dos dois times. A seleção canarinho chagara à final fazendo ótima campanha. O Uruguai houvera feito uma campanha tímida chegando à decisão como “franco atirador”, por isso a comemoração antecipada do titulo por parte dos brasileiros. Foi feito carnaval antes de o jogo começar, a imprensa, como sempre, levando em conta apenas as obviedades, já havia colocado as faixas de campeã na seleção, mas em campo uma amarga lição: Uruguai 2 x 1 Brasil. A modesta seleção celeste desbancou os favoritos e fez silenciar duzentas mil vozes no maior do mundo. A alegria virou tristeza, o carnaval virou silêncio e decepção. Eis aí, uma das razões que transforma o futebol num esporte apaixonante e mágico – a imprevisibilidade.
Guardando as proporções, o jogo entre Vasco x Ceará nesta sexta-feira, também, no Maracanã (que não é mais o maior do mundo) pela 21ª rodada do campeonato brasileiro da série B, lembra - embora vagamente - aquela partida ocorrida em Julho de 1950, chamada de maracanaço pela imprensa uruguaia.
O Ceará nunca houvera ganho uma partida oficial jogando no Maracanã, vinha de um tropeço em sua última partida diante do Juventude, no Castelão.
Do outro lado, um time motivado, jogando em casa, líder absoluto da Série B. Vinha de duas vitórias: 4 x 0 diante do Ipatinga, no mesmo Maracanã, onde sua torcida proporcionou o maior público das quatro séries do Brasileirão e uma vitória sobre o Brasiliense no Boca do Jacaré.
Mesmo não sendo nem a sombra do time vencendor dos anos oitenta, todas as condições e circunstâncias apontavam para uma óbvia vitória vascaína. O fato de o time cruzmaltino ser tetracampeão Brasileiro (1974, 1989, 1997 e 2000), campeão da Copa Libertadores (1998) e vinte vezes campeão carioca acaba, também, sendo um peso psicológico para seus adversários. Frente a tais situações, quem poderia imaginar um resultado que não fosse de triunfo para o Vasco?
Mas a exemplo de 1950, o imprevisível aconteceu: Vasco 0 x 2 Ceará. O “espírito” do Maracanaço incomodou desta vez, não a seleção, mas a torcida, a crônica carioca e o time vascaíno. O time do nordeste silenciou o maracanã , numa noite inesquecível para a torcida alvinegra, que pôde gritar com voracidade e justiça – O MARACANÃ É NOSSO.



Marcos Antonio Vasco Rodrigues

sábado, 15 de agosto de 2009

Eternamente Futebol

As origens de uma Paixão Mundial


Quem deu o pontapé inicial para a criação do esporte mais popular do planeta azul? Ingleses ou chineses? Quem respondeu:- Os chineses, acertou. A História registra que no ano 200 a.C, na China milenar já se praticava um esporte popular chamado de Tsu Chu,o protótipo do futebol atual. Anos mais tarde, gregos e romanos a partir do Tsu Chu, produziram uma enorme diversidade de jogos com bola. O Episkuros e o Harpastum são dois exemplos. Na maioria desses jogos eram utilizados ou só os pés ou só as mãos. Kemari era uma forma de futebol praticada no século sétimo no Japão. Setecentos anos depois em Florença, na Itália, era disputado o “ Giogo Del Cálcio”, jogo praticado por vinte e sete jogadores e seis árbitros. Era permitido utilizar as mãos e os pés, mais ou menos uma mistura de basquete e futebol. Até o século XII não existia indício de nenhuma variedade de futebol jogado na terra do rei Arthur, a Inglaterra.
O futebol, como se joga atualmente, sistematizou-se nas escolas públicas da Grã- Bretanha ( A Grã- Bretanha é uma ilha, em que ficam localizados alguns países entre eles País de Gales e Inglaterra), onde os alunos jogavam o “Horling”, jogo de bola sem regras definidas. A partir de 1823 uma variante jogada com os pés juntou-se ao Hurling. Em 1863 as duas variantes se divorciaram de forma oficial. O footballRugby se transformou em Rugby e o futebol association sistematizou-se com regras definidas e uniformes.
Com a criação, em 1845, das regras de Cambridge ocorreu a primeira tentativa de regulamentar o futebol. Finalmente em 1863, foi fundada a English Football Association (EFA). A primeira peleja oficial aconteceu em 1872, a Taça da Associação Inglesa. Inglaterra e Escócia disputaram o primeiro jogo entre seleções nacionais.
As Federações nacionais mais antigas registradas pela História são a da Bélgica (1885), da Noruega (1902) e Portugal (1914). Mas, por que o futebol entre todos os esportes praticados, é o que desperta maior paixão? Eis alguns prováveis motivos:a simplicidade das regras, em comparação com os demais esportes , a paixão universal dos povos por cores e símbolos,a possibilidade de ser praticado em qualquer lugar, além de ser um jogo coletivo.
Marcos Antonio Vasco Rodrigues,escreve contos,artigos e crônicas. É Professor de Língua Portuguesa e participa do Programa Espaço Esportivo pela ZYC 460 Rádio Luar do Sertão FM 104,9

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Eternamente Futebol

Tempo Verde, Alvinegro e Coral

Bons ventos vindos do Planeta Bola sopraram a favor de Ceará, (série B) Ferroviário (série D), e Icasa (série C), três de nossos representantes no Campeonato Brasileiro. No Castelão, em Fortaleza, o Ceará desbancou o líder Atlético goianiense, vencendo-o de 1x0. Resultado magro, contudo o suficiente para colocar o vovô no G-4, na 3ª colocação. Na verdade, o placar não traduz o domínio do Ceará, principalmente na segunda etapa, em que o alvinegro desperdiçou várias chances de ampliar. A comissão técnica do Dragão saiu cuspindo fogo, colocando a derrota atleticana nos ombros da arbitragem. Na verdade, o Atlético bateu muito e os setes cartões amarelos e um vermelho aplicados pelo árbitro foram justos. Agora, é continuar trabalhando forte para “fincar pé” no G-4 e não descer mais a ladeira. Amanhã, 3ª feira, 11 de agosto, o Vovô encara o Guarani em Campinas. O Bugre vem descendo a ladeira em queda livre. É aproveitar o desespero alviverde e encaixar mais uma vitória, o que seria a 12ª partida invicta. Isto é uma façanha, se levarmos em conta que, recentemente, o time era morador da zona de rebaixamento, e apontado pela maioria como mero figurante.
O time que joga vestido com a camisa que tem a cor da esperança – O Icasa – foi ao alçapão da curuzu e fez bonito: 1x1 com o Paysandu. E está a um passo do Paraíso (2ª divisão). O Verdão mostrou personalidade e trouxe a decisão para Juazeiro. Joga sua próxima partida precisando de um empate de 0x0 ou qualquer resultado de vitória para garantir vaga na Segundona em 2010. Entretanto, nada está garantido. O Paysandu é um time de tradição, de grande torcida e merece todo respeito. Tanto pode dar Icasa como Paysandu.
A famosa frase do Mestre “os últimos serão os primeiros” se cumpriu na vida do Ferrim. O time começou mal o campeonato, perdendo em seu estádio para o Alecrim – 1x0. Perdeu também a segunda em João Pessoa para o Treze – 1x0. Porém, a partir da 3ª rodada, a equipe levantou a cabeça e não tropeçou mais. Na última rodada, decidindo sua classificação, precisava apenas de um empate em Natal contra o Alecrim, O time coral mostrou determinação e ganhou o jogo de 2x1, garantindo a 1ª colocação de seu grupo. Sorte Coral. Aliás, sorte com trabalho. Com o resultado, o time da Barra foge do confronto contra o melhor time da série D, o Central de Pernambuco e pega o Sergipe, equipe teoricamente, inferior ao alvinegro de Caruaru. Assim, suas chances de continuar na competição se ampliam.
O Tricolor de aço “da loira desposada do sol” apesar de fazer uma boa apresentação contra a Ponte Preta em Campinas, não foi “bafejado” pela sorte. Merecia ganhar. Mas cedeu empate no final do jogo – 1x1. Pelo que produziu no segundo tempo foi um resultado amargo e injusto. Mas tudo bem. Terça-feira, contra a Vila Nova em Horizonte a equipe, sem dúvida, conseguirá fazer os gols que perdeu em Campinas e novamente tirará o pé da zona.
Terça-feira é dia de tempo bom, também para o Leão, está escrito no horizonte do céu de Horizonte.


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Marcos Antonio Vasco Rodrigues


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ETERNAMENTE FUTEBOL

Subindo e descendo a ladeira


São três tombos e dois escorregões. Ou seja, três derrotas e dois empates. Cinco rodadas sem vencer. O índio campineiro desce a ladeira de forma vertiginosa e inesperada. A continuar com este declínio, o Guarani já iniciará sua participação na 17° rodada fora de um dos degraus do G-4.
O alviverde começou a série B arrasador. Nas dez primeiras rodadas ganhou oito jogos e empatou dois. Nenhuma derrota. O que aconteceu com o bugre que não colocou em prática a frase “quem está em pé, tenha cuidado para não cair”?
O fato é que a situação do Guarani é preocupante. Times que começaram mal o Campeonato e ocuparam a ponta de baixo da tabela, sentiram as dores de lá, , ajustaram seus times e encostam perigosamente em um dos quatro degraus. Cito como exemplo o Ceará. Vir de baixo sempre é bom. Chega-se mais fortalecido, traz-se a experiência da caminhada sofrida,por isso mais matreiro para enfrentar novos tombos.
Brasiliense e América começaram a descida do topo antes do Guarani e tentam novamente escalar a ladeira,tarefa bastante difícil e cansativa,mas não há outra alternativa a não ser tentar de novo.
Ademais, o time de Campinas demonstra não ter superado, ainda, o trauma das degolas. Em menos de uma década sofreu sete rebaixamentos. O mais marcante foi o de 2004,quando caiu da série A para a série B. Dois anos depois já era morador da série C.
Caso não recupere o fôlego e as energias, o Bugre deverá contentar-se em permanecer na série B em 2010. Para quem já tem o currículo rico em rebaixamento, já seria bom negócio evitar a oitava degola em menos de dez anos..
Quem já está num dos quatros degraus do G-4 deve tomar o declínio do Guarani como lição. Quem está lá, deve ser como a águia,deve estar sempre atento a tudo o que ocorre abaixo de si .Após o quarto degrau há dezesseis candidatos “espreitando” um dos quatro lugares do pódio.
Que se cuide o Atlético de Goiânia. Certamente ainda experimentará alguns escorregões, embora sua atuação no Campeonato seja diferente da do Guarani. Teve a felicidade de perder logo na terceira rodada, sendo goleado pelo Vasco de 3x0. Ótimo momento para perder. Perder no início é sempre bom.Reveem-se planos, posturas, comportamentos. “O sapato alto” leva um choque de humildade..
A meu ver,o Dragão de Goiânia é um dos fortes candidatos a uma das quatro vagas É um time programado para atacar,fazer gols ,no entanto seu ponto fraco é o sistema de retaguarda. Portanto,se não “vigiar” Pode,como Guarani,América e Brasiliense começar a descer a ladeira... Seu esquadrão será testado mais uma vez no dia 08/08 no Castelão contra o bom time do Ceará no Castelão,em Fortaleza.
O Dragão poderá sofrer um tombo, e quem sabe, iniciar também a via-crúcis de descer a ladeira, porque descer e subir a ladeira parecem ser a tônica da série B neste ano.
Marcos Antonio Vasco Rodrigues
Marcos Antonio Vasco Rodrigues

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Eternamente Futebol

ESPELHO PRETO E BRANCO


A cada partida que realiza o Ceará dá sinais convincentes de que realmente é um dos candidatos a uma das quatro vagas para o acesso à Série a em 2010, embora estejamos ainda na 14° rodada do primeiro turno. Tem um goleiro eficiente, zaga compactada, e um meio campo forte e pegador (três cabeças de área). E o ataque parece estar acertando a pontaria. Wellington Amorim quebrou o jejum e voltou a marcar contra o Ipatinga no Castelão, em mais uma vitória do Ceará. São cinco seguidas. Preto embora seja muito discreto já vinha marcando seus golzinhos aqui e acolá. Possui um atacante que a meu ver, apesar de não ter boa pontaria, é um dos principais responsáveis pelo deslanche alvinegro no Campeonato – Geraldo. A equipe demonstra estar unida dentro e fora de campo. No comando, a experiência e equilíbrio de PC Gusmão.
Tudo isto são características de time vencedor que promete ir bem longe. O crescimento alvinegro não ocorreu por acaso. O time saiu da zona de rebaixamento pra farejar o grupo dos quatro. Tudo indica que o destino do Ceará seria mesmo a Série A em 2010. O momento alvinegro é até mesmo melhor que o do Guarani de Campinas que começou o Campeonato atropelando todo mundo e agora começa a cair vertiginosamente. Pela primeira vez, nas quatorze rodadas disputadas, o Guarani perde a ponta da tabela, caiu pra segunda posição e caso não se cuide, logo, logo, estará fora do G-4. Ou seja, fazendo uma comparação entre os dois, o Ceará cresce e o Guarani diminui.
Quanto ao Fortaleza, o time voltou a entrar em declínio na pontuação e está de volta à zona de rebaixamento ocupando a 17° colocação. Porém não é motivo para pânico, pois em seu próximo jogo no Castelão, contra o Bahia, o Leão terá nova chance de tirar o pé da zona. E certamente voltar à sequência de vitórias. Vale destacar que embora a equipe tenha sofrido duas derrotas seguidas, não fez más apresentações, o que nos dá a esperança de que o time tem condição de reagir.
Vamos ajudar o Tricolor? Como? Indo ao Castelão,sendo solidário nos momentos difíceis incentivado e procurando enxergar o sacrifício da diretoria leonina. Parafraseando o Mestre dos mestres “quem com o Leão não ajunta, espalha”.
Torcemos também pela classificação do Ferroviário. Tomara que consiga ir à próxima fase da Série D. Que o Icasa de Juazeiro possa continuar avançado na Série C. O espelho preto e branco está à vista de todos. Que Fortaleza, Ferroviário e Icasa se espelhem nele.

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Marcos Antonio Vasco Rodrigues-

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Eternamente Futebol

CALMA, GENTE...

A derrota do Fortaleza para o Bragantino nesta terça-feira no castelão (21/07/2009) pela 13ª rodada da série B pode ser considerada como uma fatalidade e injustiça do futebol. O goleiro Ivan do Braga esteve numa noite inspirada, garantindo a vitória injusta do Bragantino, principalmente no final da segunda etapa. O time tricolor fez uma boa partida. Entrou com dois atacantes de oficio, como todos exigiam e começou sufocando, abriu o marcador no início da partida e minutos depois, por infelicidade, levou um gol de bola alçada na área. O segundo tento do Bragantino foi ainda mais infeliz. Gol de contra-ataque – contra – feito por um dos destaques do time tricolor – Amarildo. Mesmo após tomar o gol da virada, o time não se omitiu, correu até o último minuto em busca pelo menos do empate, foram desperdiçadas várias oportunidades por parte dos atacantes leoninos. As que iam para dentro, o goleiro Ivan defendia. Mas parece que já estava escrito nas estrelas: A noite era do Braga e do goleiro Ivan. Foi a primeira derrota sofrida dentro de casa, pelo técnico Giba cujo trabalho começou a ser questionado desde a má atuação da equipe no empate com o Ceará. A partir dali começou a ser acusado de ser “retranqueiro” ao jogar apenas com um atacante e de manter Jailson como titular da lateral esquerda. Haveria tanta razão para Giba ser tão questionado? Com a resposta os números. Em nove partidas como técnico do tricolor, Giba conquistou quatro vitórias, dois empates e três derrotas. Portanto, os números depõem a favor dele. O lateral esquerdo Jailson, alvo de pesadas críticas até fez uma boa partida, mesmo debaixo de vaias do início ao final do jogo, procurou ficar indiferente a elas.
Não faz muito tempo, dois bons técnicos foram “expurgados” do nosso futebol sendo acusados, por alguns, como inaptos para dirigir o Fortaleza – Silas e Dorival Júnior. Silas foi para o Avaí e após trinta anos levou o time do ex-tenista Guga de volta à primeira divisão, onde ainda permanece. Dorival Júnior foi treinar um time do Sul da primeira divisão, fazendo por lá excelente trabalho. Hoje é técnico do Vasco da Gama. Aliás, Dorival, à frente do time carioca passou seis partidas sem vitórias, voltando a vencer a partir da 10ª rodada. Teriam por aqui tido com Dorival a paciência que o Vasco teve? Claro que não. E sobre as declarações de Giba? Todos não têm o direito de falar o que querem? Por que o técnico tricolor em um momento de açodamento emocional não pode expressar também seu ponto de vista? Ele estava chateado com uma parte das pessoas que em certos momentos “jogam de bandido” (vaiam o time).
Calma, Gente! Não vamos transformar, em poucas horas, um herói em vilão. Não esqueçamos, também, que alguns times da série B, não só o Fortaleza, ainda estão em formação. O próprio Giba declarou algumas vezes que a equipe estaria no ponto, somente no segundo turno. Eu acredito no trabalho dele. A diretoria tricolor, certamente, também terá bom-senso e continuará acreditando.
Calma, Gente! “Vamos deixar o homem trabalhar”?



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Marcos Antonio Vasco Rodrigues- É professor de Língua Portuguesa,escreve artigos,crônicas e contos e crônicas

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Eternamente Futebol

JACARÉ AFOGADO, DIABO NOCAUTEADO

Eram mais três mordidas (três pontos) computados antecipadamente a favor do Jacaré de papo amarelo. Tudo a estava a seu favor - no momento, ao lado do guarani, é time mais certinho da competição. Jogava no seu “habitat”, conhece cada oscilação, cada pedaço do terreno do confronto. Até o próprio clima seco favorecia o insaciável animal.
Do outro lado, um time que ainda procurava ajustar peças de seus compartimentos, principalmente nas finalizações dos atacantes. Some-se a isto, o fato de fazer quase dois anos que o Vovô não sentia o sabor da comida de adversários fora de casa. A mesa estava posta. Na teoria, o Jacaré iria apenas confirmar em campo, o que todos já esperavam – a vitória. Mas ainda bem que quase sempre a prática joga a teoria por terra. Em campo, o Vovô demonstrou força e aplicação, nem mesmo a ausência de dois guerreiros titulares comprometeu a apresentação do time. Final do jogo: Brasiliense 0x1 Ceará. Vitória justa. E tabu quebrado. E o que é mais importante – o Vovô confirma e solidifica sua ascensão. Com alguns ajustes, principalmente, na pontaria de alguns atacantes, a equipe é uma das candidatas ao bloco de elite em 2010.
No castelão, em Fortaleza, a história é mais ou menos parecida. O Leão ferido encara o favorito Diabo rubro de Natal, o América. Como o Brasiliense, o time Potiguar também tinha motivos de sobra para confirmar seu favoritismo. Era, no momento, o time do Nordeste de melhor campanha, vinha de uma goleada sobre o Bahia, e queria comemorar seu 94° ano de existência com mais uma vitória. O time vermelho, portanto, tinha muitas razões para acreditar que comemoraria seu aniversário saboreando um suculento guisado de leão. Mesmo com toda sua astúcia, o Diabo esqueceu que um animal ferido e acuado é sempre perigoso.
No campo de batalha, como no jogo entre Ceará e Brasiliense, a teoria não prevaleceu. No primeiro tempo do jogo, mesmo jogando apenas com um atacante de oficio, o leão rugiu estrondosamente. Parecia não estar ferido. Fez uma partida quase irrepreensível no primeiro tempo, com destaque para Cristian e Maisena. Final da primeira etapa: Leão 2x0 Diabo. O Diabo saiu cabisbaixo para os vestiários, pensando em se vingar no 2° tempo. Realmente, o Diabo voltou mais disposto. O Leão ficou na retaguarda, aguardando o momento para nos contra-ataques aumentar o placar. E foi o que acorreu. Marcelo Nicácio amplia para 3x0. A essa altura, o Diabo já estava cansado de tentativas frustradas e com mais uma lapada não restava outra alternativa, a não ser bater em retirada. Giba, técnico tricolor, ainda está à procura da formação “ideal” para o Fortaleza. Ao final do primeiro turno, Giba, certamente, já terá um time com ritmo de jogo e entrosamento. No segundo turno estará pronto para lutar com grandes chances por uma das vagas do G-4 e voltar à primeira divisão em 2010.
Portanto, nossos dois times da série b, sob comandos competentes, continuam no rumo certo. Que o Jacaré continue afogado e o Diabo nocauteado.


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Marcos Antonio Vasco Rodrigues

domingo, 5 de julho de 2009

Eternamente Futebol

Anos 60 – A principal Era de ouro do nosso futebol

Sem dúvida, poderíamos caracterizar as décadas de 60 e 70 como as épocas de ouro do nosso futebol, não apenas pelas participações de craques como Pelé, Garrincha, Nilton Santos, e tantos outros. Eles faziam a diferença a favor de suas equipes, mas todas as outras agremiações da época, principalmente, as do Sul e do Sudeste eram formadas por craques, do goleiro ao ponta esquerda.Por isso, o conjunto das equipes praticavam o que chamamos de futebol- arte. A década de 60 foi amplamente dominada pelo Santos Futebol Clube. O time de Pelé conseguiu nada menos que 22 títulos em 10 anos.Dois Mundiais (62 e 63), Duas Copas Libertadores (62 e 63), Cinco Taças Brasil (61,62,63, 64 e 65), um Torneio Roberto Gomes Pedrosa (68), quatro Torneios Rio – São Paulo (59,63,64 e 66), e pasmem! Dos dez Campeonatos paulistas disputados, o Santos arrebatou oito (60,61,62,64,65,67,68 e 69). E m comparação com o Santos do Rei do Futebol,a equipe peixeira que disputa a série A do Brasileirão é só um time modesto. Não assusta a nenhum adversário. Observe que de 1969 (ano do último título da década) até hoje- 2009- já se passaram 40 anos. Nestas quatro décadas o time da baixada conquistou apenas oito títulos – dois Brasileiros (2002 e 2004), cinco títulos paulistas (1973, 78,84,2006 e 07), um Torneio Rio – São Paulo (1997). Embora os anos 60 tenham tido a hegemonia santista, não sigfinica dizer que os outros clubes eram frágeis. Pelo contrário, eram super times. A questão era que o Santos era mesmo uma “máquina”, “um rolo compressor”.
Nesse período houve o desenvolvimento de importantes Torneios que contribuíram para o fortalecimento das equipes e surgimentos de grandes novos talentos e solidificação dos que vinham despontando na década anterior . O Torneio Roberto Gomes Pedrosa dentre outros, serviram de laboratório para a formatação e modelo do primeiro Campeonato Brasileiro disputado em 1971.
O primeiro Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Homenagem ao goleiro Pedrosa da Seleção de 1934) teve sua primeira edição 1967 e o Palmeiras como o primeiro campeão e o Fluminense o último campeão do Torneio(1970). Foi organizado pelas federações, paulista e carioca. Ele poderia ser chamado de Torneio Sul-Sudeste. Havia a participação de 5 times de São Paulo ( Palmeiras, Corinthians, Santos, São Paulo, Portuguesa) ; cinco times do Rio (Fluminense, Flamengo, Botafogo, Vasco e Bangu); 2 de Minas ( Cruzeiro e Atlético); 2 do Rio Grande do Sul ( Grêmio e Internacional); um do Paraná ( Ferroviário). Em 1968 a CBD passou a gerenciar o Torneio, tornando- o mais acessível, fazendo a inclusão do Bahia, Náutico, Atlético do Paraná e o América ( que substituiu o Bangu), Coritiba e Santa Cruz. A partir de 1968, o Torneio passou também a ser conhecido como Taça de Prata.
A partir do final dos anos 70, foi criada a CBF que passa, então, a organizar todos os Campeonatos brasileiros, que teve sua 1º edição em 1971. Portanto, o primeiro Campeonato Brasileiro é uma réplica aperfeiçoada do “Robertão” dos anos 60, havendo a “ nacionalização” da Disputa que passou a contar com a participação de times de todas as regiões do país, tornando-o mais democrático, embora vivêssemos no período mais duro do regime militar.
Poderíamos colocar, também os anos 80 como uma década áurea do nosso futebol, pois tivemos craques inesquecíveis , como Zico, Sócrates, Muller, Careca, Bebeto,Falcão e outros, além da formação de duas seleções comandadas por Telê Santana, que conseguiram produzir o futebol -arte (1982 e 1986) embora em ambas as oportunidades nossa seleção não tenha conseguido erguer o troféu . Portanto, o espelho do futebol -arte e de craques eternos tem início,a nosso ver, nos anos 60 e perdura durante toda a década dos anos 70 e começa a declinar na segunda metade dos anos 80.

Marcos Antonio Vasco Rodrigues

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eternamente Futebol


ALVINEGROS E TRICOLORES NO RUMO CERTO

Eles têm muito em comum – Administrações jovens dedicadas e responsáveis, técnicos competentes e renomados. Dentro de campo um deles amargou quatro derrotas seguidas e um empate, ou seja, cinco rodadas só de amargura. O outro tem histórico parecido – foram seis rodadas sem vitórias. Três derrotas e três empates. Uma das torcidas se julga a maior da capital a outra a maior do estado. Esse dois times se enfrentam no dia 04 de Julho pela 9ª rodada, da série B. Após saírem do deserto e do jejum de vitórias, os dois querem continuar vencendo, um quer fazer a quadra, o outro a trinca. Quem Conseguirá?
Para reencontrar o caminho das vitórias os dois times penaram.
Nas rodadas iniciais os dois trocaram de técnico. A equipe da ausência de cor (preto) e da mistura de todas as cores (branco) trouxe Paulo César Gusmão para substitui Zé Teodoro, que houvera pedido demissão do alvinegro para ir treinar o Juventude. PC Gusmão é um técnico renomado e competente, com passagem pelos maiores times do sul e do sudeste. Com Gusmão, até aqui, o Ceará alcançou três vitórias, dois empates e apenas uma derrota.
Obviamente o time ainda apresenta falhas em alguns setores, falta sintonia entre os compartimentos, entrosamento e ritmo de jogo em alguns atletas, porém os ajustes vão ocorrendo com o andamento dos jogos. Qualquer ajuste requer um período de tempo, não é algo que se consiga “da noite pro dia”.
Além do mais, caso haja necessidade de contratar mais alguma peça, certamente, Gusmão fará essa reivindicação à diretoria alvinegra. Um exemplo disso ocorreu no arco do vovô. Lopes, novo titular do Ceará em substituição a Adilson, fez uma brilhante estréia contra o Campinense, sendo um dos principais responsáveis pelo triunfo alvinegro. Lopes foi indicação de PC em razão de o goleiro Adilson vir sendo acusado de falhar em bolas defensáveis.
O time que tem as cores da bandeira francesa também trocou de técnico. Mirandinha, campeão cearense de 2009 no comando da equipe, foi substituído por Giba. Giba pegou o leão em situações mais desfavoráveis que o Ceará, embora o time estivesse vivendo uma grande contradição – Tinha uma das piores defesas do campeonato e um dos melhores ataques. Giba chegou pregando profissionalismo. E faltava?
O currículo de Giba não é tão rico quanto o de PC Gusmão. Mas também é um técnico experiente e competente, já tendo treinado boas equipes da série B e também o Santos de São Paulo.
Na prática, o resultado de Giba é superior ao de Gusmão. Em quatro jogos obteve três vitórias e um empate.
Agora, no clássico-rei do dia 04/07, os dois terão oportunidade de medirem talento e competência na orientação a suas equipes. Ambos os times estão reabilitados e motivados. Reconquistaram, pelo menos parcialmente, a confiança da torcida e da imprensa. Quem duvida que os dois times estejam no rumo certo? Para eles vale o velho chavão do futebol “que vença o melhor”.


Marcos Antonio Vasco Rodrigues- escreve contos,crônicas e artigos. É professor de Língua Portuguesa