quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Seleção Brasileira à procura do que perdeu: sua identidade

Qual a característica central do futebol brasileiro e consequentemente da nossa Seleção? Simples de responder: equilíbrio entre futebol-arte e conquista de vitórias.A meu ver,essa identidade foi perdida a partir da última conquista do tricampeonato no México, com o desmantelamento por razões diversas,daquela Seleção:Félix,Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo; Clodoaldo, Gérson, Rivelino; Jairzinho, Tostão, Pelé. A tentativa de resgate dessa identidade foi realizada duas vezes pelo mestre Telê Santana nas Copas de 1982 e 1986.Contudo,dizem os especialistas que a Copa de 1990 é o divisor entre o futebol antigo,o chamado futebol-arte e o futebol moderno,aquele que se preocupa mais com o resultado,e para isso privilegia a retranca , a marcação  e a força.Entendo que o futebol-arte da nossa Seleção já não mais existia na Copa de 1974. Em 74,tínhamos ,além do técnico Zagalo, apenas dois craques remanescentes da Copa de 1970,Jairzinho e Rivelino.Nossa Seleção terminou em quarto lugar,atrás da modesta Seleção polonesa.Com o advento do carrossel holandês nessa mesma Copa,deixamos  também de ser referência mundial do mais belo e melhor futebol do  Mundo. Em 1982, Telê Santana assume o comando de nossa Seleção,com o propósito de resgatar o futebol-arte perdido na Copa de 1970 e voltar  após 12 anos a conquistar um título mundial.A Seleção de Telê,considerada por muitos como a melhor Seleção da história das copas,conseguiu pôr em prática o futebol-arte,mas não trouxe a conquista da Copa  e o sonhado tetracampeonato mundial. Assim, o futebol-arte de Telê terminou a Copa em quinto lugar.Em 1986,Telê retorna ao comando da Seleção com a certeza de conquistar no México  o que não conseguira em 1982 na Espanha. Tinha a seu favor, a mística de jogar no mesmo local da conquista da última Copa,o México.Telê trouxe de volta a base da Seleção de 1982,na Espanha,porém enfrentou muitos problemas de contusão com principais jogadores tais como Zico e Falcão.Além de Sócrates e Júnior que apresentaram problemas de deficiência física,afora outros problemas de indisciplina.Apesar disso , a Seleção foi bem na primeira fase,vencendo todos os três confrontos contra Espanha,Argélia e Irlanda do Norte e assim,colocando esperança no sentimento da torcida brasileira. Embora nas quartas de final contra a França tenha feito um jogo muito superior aos franceses,a Seleção de Telê mais uma vez sucumbia aos caprichos da sorte,sendo eliminada da Copa, pela França,nos pênaltis.Mais uma vez o futebol-arte de Telê sucumbe,trazendo amargamente na bagagem um cruel e injusto quinto lugar.
Após os fracassos das duas participações de Telê Santana no comando de nossa Seleção, e cansada de ver a Canarinho jogar bonito com Telê  e não conquistar títulos,em 1990 a CBF entrega o comando da Seleção a Sebastião Lazaroni que pôs em prática o oposto do estilo Telê: esquema retranqueiro,priorizando a marcação,a força e tendo como meta apenas o resultado final.Lazaroni tinha excelentes peças a seu dispor,como Careca,Romário,Miller,Bebeto,Renato Gaúcho,dentre outros,mas sua Seleção não deslanchou.O esquema de Lazaroni,também fracassou  com a chamada "era Dunga" e  nossa Seleção terminou  o mundial da Itália na nona colocação.
Finalmente,na Copa de 1994,nos Estados Unidos,com Carlos Alberto Parreira e Zagalo no comando,após 24 anos de jejum ,nossa Seleção conquista o tetracampeonato. O selecionado de Zagalo e Parreira não conseguiu o equilíbrio entre o futebol-arte a as vitórias,mas realizou o que o estilo Telê e o estilo Lazaroni não conseguiram: a conquista do título mundial.A Seleção de 1994  não era um primor de equipe.Era uma Seleção extremamente burocrática e muito preocupada com a marcação. A Seleção campeã que disputou a final da Copa foi esta: Taffarel, Jorginho, Aldair, Márcio Santos, Branco, Mazinho, Mauro Silva, Dunga, Zinho, Bebeto e Romário.Em 2002,numa Copa disputada em dois países na Ásia, sob o comando de Luiz Filipe Scolari, nossa Seleção conquista o quinto título mundial. O time comandado por Filipão, em termos de qualidade e esquema tático, não divergia muito da Seleção de Parreira e claramente,não tinha preocupação em resgatar o futebol-arte,mas com a conquista do título. Foi uma conquista de Copa relativamente fácil já que França, Argentina, Itália e Portugal não se houveram bem e foram as decepções da competição. Na final,Brasil 2 x 0 Alemanha.O Brasil conquistou o penta com   Marcos; Lúcio, Roque Júnior e Edmílson; Roberto Carlos, Gilberto Silva, Kléberson, Cafu (Capitão) e Ronaldinho Gaúcho; Rivaldo e Ronaldo.
Com o fracasso na Copa de 2006,realizada na Alemanha e vencida pela Itália,com a Seleção terminando na quinta colocação, a CBF convoca Dunga,ex-jogador campeão e capitão da conquista do tetra em 1994,para substituir Parreira e assim moralizar e impor limites ao ambiente da Seleção.Todos estranharam a escolha da CBF pelo fato de Dunga nunca ter treinado nenhuma equipe de futebol.
Com Dunga no comando,parece que a CBF estava mais preocupada em impor disciplina à Seleção que trabalhar pelo retorno do equilíbrio entre futebol-arte e conquistas."Que treinamento é fundamental! Mais uma vez, fica comprovado que só talento não basta para vencer. É preciso muito trabalho e treinamento!" afirmou Dunga em uma de suas entrevistas.
Dunga assumiu o comando da Seleção em julho de 2006. Sob seu comando,o futebol produzido em campo pelos atletas ,era uma imagem de Dunga como jogador.Apesar disso, Dunga conquistou a Copa América, a Copa das Confederações e obteve o primeiro lugar nas Eliminatórias.
Dunga sofria críticas "azedas' da imprensa por causa do esquema de jogo que impunha à Seleção e por não ter convocado as chamadas novas revelações,tais como Neymar,Ganso,Elano,dentre outros.Era criticado por ter levado Kaká sem as condições físicas adequadas  para a disputa da  Copa,tendo deixado de lado "as revelações".Por isso seu relacionamento com parte da imprensa praticamente deixou de existir.
A eliminação precoce da Copa de 2010 fez a CBF anunciar sua demisão em 23 de julho de 2010. A Seleção de Dunga obteve a sexta colocação no mundial da África do Sul,apresentando um futebol muito ruim.
Com a demisão de Dunga, a CBF convoca Mano Menezes para assumir o comando técnico da Seleção.Parece que Mano assumiu a Seleção com o propósito de equilibrar bom futebol com resultados de vitória.De imediato,convocou as "novas revelações" cobradas pela maioria das pessoas ligadas ao futebol.Na estreia,a Seleção de Mano começou bem. Venceu Os Estados Unidos num amistoso disputado em Nova Jérsei. Nesse jogo, a Seleção venceu de 2 a 0 apresentando um bom futebol dando a impressão de que com Mano,estaríamos voltando aos bons tempos do nosso futebol.
Até mesmo  imprensa internacional deu ênfase à volta do 'Futebol-arte' da Seleção.Além disso,Mano conseguiu três vitórias em sequência,fato que não ocorria desde 1990,com Parreira. Porém,no primeiro clássico de Seleções,foi derrotado pela Argentina em novembro de 2010.Em outros dois jogos,com seleções consideradas grandes, acumulou mais duas derrotas:França 1 x0 e Alemanha 3 x 2.
A partir dessa situação de fracassar diante de seleções fortes e do mau desempenho das novas revelações,tais como  Neymar e  Ganso, o trabalho de Mano à frente da Seleção começou a ser posto em dúvida.
Entretanto,a participação desastrosa da Seleção na Copa América 2011 foi o maior motivo para se intensificar o crescimento do descrédito no trabalho de Mano.Jogando contra Seleções que outrora a Canarinho goleava com facilidade, a Seleção de Mano se enganchou. Não conseguiu passar das quartas de final pelo Paraguai,sendo eliminada nos pênaltis.
Com o mau desempenho das "novas revelações" nos jogos e com  o  crescimento da perda de credibilidade da Seleção de Mano,estaria o destino da Canarinho colocado nas mãos da Seleção sub-20 para a Copa de 2014? Caso Mano seja demitido até 2014,conseguirá o novo técnico reencontrar  a identidade do nosso futebol? Mas também seria utópico imaginar que o retorno aos bons tempos do futebol depende apenas de bons jogadores ou de bons técnicos. Segundo especialistas,  o Uruguai e a Espanha somente conseguiram dar um salto na qualidade de seu futebol,com a mudança das estruturas administrativas responsáveis pelo gerenciamento desse esporte naqueles países.
Marcos Antonio V. Rodrigues - Desportista,professor de Língua Portuguesa,escreve contos,artigos e crônicas
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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Entrevista com Laudo Natel- "Honra e glória do São Paulo"



 Entrevista com Laudo Natel -"Honra e Glória do São Paulo"

Laudo Natel é um do homens que dedicaram grande parte de suas vidas a suas agremiações esportivas,prestando serviços de grande relevância. Esta entrevista foi realizada pela escritora Branca Granatic em janeiro de 1994,com Laudo Natel, e que ora é publicada neste Site.

Pergunta:Em alguns momentos de sua vida existiu a possibilidade de o senhor torcer para outro time?

Laudo Natel: Não. Desde que acompanho o futebol,eu sou são-paulino. E eu sou mais antigo que o São Paulo. Eu nasci em 1920 e o São Paulo foi fundado em 1931.Eu sou um homem do interior e fiz carreira como bancário . Vim para são Paulo no final de 1945 e uma das primeiras coisas que eu fiz foi me tornar sócio do São Paulo Futebol Clube.

Pergunta: A sua ligação foi primeiro com a sede social do clube ou com o time de futebol?

Laudo Natel: Eu acompanhava o futebol e acompanhava a vida do clube. Ocorre que o São Paulo,nesta ocasião,não era essa potência que é hoje. Era um clube que vivia em grandes dificuldades. E o presidente Cicero Pompeu de Toledo me levou para lá como dirigente,menos por ser são-paulino,mais por eu ser um homem de banco,para idealizar alguma coisa que pudesse tirara o São Paulo daquela dificuldade. E eu acabei ficando seis anos  como diretor de finanças  e quatorze anos como presidente,de modo que eu tenho  uma trajetória de vinte anos como presidente.
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Pergunta: Conte-nos sobre o estádio do Morumbi.

Laudo Natel: Eu tive o privilégio de lançar a pedra fundamental e de inaugurar este estádio.Eu fui dirigente de 52 a 72 e presidente de 58 a 72.Nesta ocasião eu já era governador do estado.Uma curiosidade:na época,esse sonho do estádio era uma loucura,porque o Morumbi não era nada. A primeira pedra que foi colocada no bairro foi exatamente a pedra fundamental do Estádio Cícero Pompeu de Toledo. Havia um loteamento,mas não havia nada,nem condução,nem água ou telefone.


Pergunta:Então podemos dizer que o estádio se tornou um polo que propiciou a urbanização das regiões adjacentes?

Laudo Natel:Sem dúvida alguma. A empresa que era proprietária do terreno teve o alcance de enxergar a possibilidade do estádio desenvolver a região.Eu considero este estádio um milagre. Fui para o são Paulo para evitar que ele fechasse as portas . E um clubinho  endividado consegue inaugurar o maior estádio partcular do mundo e entregá-lo sem um cruzeiro de dívida.Ele foi feito com tenacidade,vontade de realizar,acreditando nessa iniciativa e, ao mesmo tempo,vendendo ideias. Agora,isso não foi uma tarefa fácil. Nós trabalhamos dezoito anos até a inauguração definitiva,em 1970. O são-paulino entendia que eu tinha que realizar uma obra,uma estrutura,uma base para que o São Paulo pudesse,no futuro,apresentar resultados favoráveis.


Pergunta: Quais os títulos conquistados na sua gestão?


Laudo Natel:No meu caso particular,eu dei muita importância  aos campeonatos de 70 e 71 pelo seguinte: durante todos esses anos da construção do estádio,o São Paulo sempre se portava bem,mas eu acredito que só uma vez chegou ao título. E eu sempre prometia à torcida:"Um dia vocês vão ter títulos.Deixa eu terminar o estádio". em 70 consegui inaugurar o estádio e,logo em seguida,ganhar um título:70 e 71.Ganhamos dois títulos seguidos. Aquilo foi uma satisfação que eu dei para a torcida.Então aquilo para mim foi de uma importância fundamental,porque representava o pagamento de uma promessa. Aquilo que eu dizia estava certo:primeiro vamos fazer o estádio,depois vamos ganhar os títulos.

Pergunta: Às vezes, associa-se o time São Paulo a uma determinada faixa da população economicamente privilegiada. Por que isso acontece?


Laudo Natel:Olha, eu entendi bem o sentido de sua pergunta. Eu diria que o sãoPaulo,no início,era considerado um time mais ou menos de elite. Mas está taí uma coisa interessante: Não era elite econômica; era uma elite,vamos dizer,intelectual. Porque normalmente o quadro dirigente e grande parte de sua torcida era constituído de médicos ,de advogados,de professores. Então era uma elite intelectual,mas não necessariamente rica. Tanto que  o São Paulo era um time pobre Ele encontrou todas as dificuldades. Mas o crescimento da cidade de São Paulo foi tão grande que as torcidas foram se nivelando. Eu não vejo diferença entre a torcida do Corinthians,do Palmeiras e do São Paulo. É o mesmo padrão.Você encontra torcedores de todos os níveis
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Pergunta:Quais os elementos que compõem  a estrutura  de sustentação financeira do clube?

Laudo Natel:O clube tem os sócios que dão sustentação ao clube. Tem o estádio que,de certa forma, é um gerador também de rendas,porque quando há um jogo de futebol profissional,há sempre uma taxa destinada ao aluguel do estádio.Como o São Paulo tem um grande estádio,os grandes jogos são feitos no Morumbi. então a renda do Morumbi é hoje uma base de sustentação do próprio São Paulo. O clube também tem patrocinadores e televisão.


Pergunta: Qual o grau de interferência dos patrocinadores nas decisões do clube em relação ao time?

Laudo Natel: Com a evolução da publicidade é evidente que as grandes  empresas têm interesse nos times de futebol.As empress procuram associar a imagem do time à imagem de uma coisa vencedora. No São Paulo não há interferência das empresas na direção. No caso do São Paulo,nenhuma interferência.A empresa só lucra com a publicidade. O poder de decisão é apenas da diretoria.

Pergunta:Um clube conquista muitos títulos porque ele é bem gerido ,inteligentemente administrado ou porque ele tem mais verba que outro?


Laudo Natel:Olha,eu diria que a capacidade supera um pouco o dinheiro. O dinheiro é necessário,mas a capacidade supera um pouco o dinheiro.O São Paulo tem tido uma felicidade muito grande na escolha de seus dirigentes. E uma coisa muito importante no São Paulo tem sido a continuidade administrativa. Não houve um único presidente que procurasse desmanchar o que o outro fez.  Cada um  deu continuidade como se fosse o mesmo programa ,a mesma cabeça . Não houve um só presidente que não contasse com o apoio dos outros e que não desse continuidade ao trabalho do clube. Então,se o São Paulo chegou a esse ponto,em rpimeiro lugar,70 ou 80% é o espírito que norteou a direção do São Pauo.E o restante,a base  que entra o dinheiro,entra a estrutura, entra a torcida ,entra tudo mais


Pergunta: Como  o senhor definiria  o torcedor fanático?


Laudo Natel:Bom,eu não sei. Hoje em dia o torcedor  fanático tem sido este que faz distúrbios por aí. Mas não é. O torcedor fanático é aquele que vibra com o resultado do clube que acompanha.

Pergunta: Ouvi dizer que há uma frase que o senhor usa frequentemente em sua casa sobre  o clube. Qual é ela?

Laudo Natel:A minha casa é uma autêntica democracia. Cada um tem o direito de torcer para o time que quiser,desde que seja o São Paulo.
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Pergunta:Quando o senhor vê pela televisão o estádio do Morumbi ou  se eventualmente está lá em dia de jogo e uma multidão acorre ao local,o que é que o senhor sente?. 


Laudo Natel:Eu sinto muito orgulho do Morumbi,porque foi uma obra de tenacidade. Eu confesso que envelheci muito pelas responsabilidades que eu tive que assumir,mas o São Paulo está hoje num plano de destaque ,numa hegemonia do futebol.Foi pioneiro em muita coisa . O Moumbi não foi um prêmio para o São Paulo. Na minha opinião ,foi um prêmio para a cidade de  São Paulo.E alargou os horizontes do futebol profissional. foi muito duro,muito difícil . Talvez a empreitada mais difícil da minha vida.Mas há uma compensação muito grande: hoje quando eu passo e vejo o Morumbi,eu tenho uma sensação ...uma sensação de coisa realizada,de dever cumprido,de não ter desertado nos momentos difíceis.

Pergunta:O senhor considera que recebeu o justo reconhecimento por parte de seu clube?

Laudo Natel: O meu nome ficou muito associado ao nome do São Paulo. Eu deixei de ser dirigente do São Paulo em 72. Até hoje ,quando o São Paulo ganha uma partida,eu sou cumprimentado na rua e quando perde,eu sou cobrado,como se eu fosse o pai. De certa forma eu sou pai,porque eu recebi o título de Grande Patrono do São Paulo Futebol Clube.


PerguntaO que o senhor gostaria de dizer aos jovens que lerão o seu depoimento nesta entrevista?


Lado Natel: Bom,primeiramente eu acho que a pessoa deve fazer o que gosta,porque quando não gosta,o trabalho é um fardo.Fazendo o que gosta, a coisa se torna leve. Se eu considerar a modéstia da minha origem,eu creio que percorri com relativo sucesso os caminhos da minha vida: eu fui presidente do meu clube, eu fui diretor da minha empresa e fui governdor do meu estado.E se isso pode servir de exemplo para alguma coisa,é exatamente isso o que digo: a tenacidade,acreditar,fazer o que gosta e cultivar a verdade. Para relizar uma determinada coisa,às vezes a gente encontra grande tropeço ,pedra no caminho,injustiça,incompreensão.Então tem que ter esta força interior para superar as dificuldades e perseverar: Acreditar naquilo que faz..Quando a gente acredita no que está fazendo,parece que a metade da coisa já está realizada.
Texto transcrito por Marcos Antonio V.Rodrigues